Obras de Arte, Originais e Exclusivas.
Intenção Artística:
A Poética dos Vestígios e a Experiência Multissensorial
A obra de Eduardo Vale emerge de uma escuta profunda e reverente aos vestígios que o tempo imprime. Com uma maestria singular, ele recria a patina de paredes envelhecidas, a textura de pisos desgastados e a complexidade de superfícies corroídas, transmutando elementos do cotidiano em composições abstratas de notável presença geométrica e uma poética envolvente.
Sua pesquisa é intrinsecamente ligada ao relevo – àquilo que se eleva ou se aprofunda – concebido tanto como metáfora quanto como matéria-prima. São trabalhos que orquestram um diálogo sutil e poderoso entre luz e sombra, tato e visão, convidando o espectador a uma imersão artística que transcende a mera contemplação, ativando todos os sentidos. O gesto, o toque e a passagem do tempo estão indelevelmente gravados em cada superfície, conferindo às peças uma narrativa própria.
Além de sua profunda expressividade, a proposta estética de Eduardo Vale carrega um compromisso intrínseco com a acessibilidade. Suas obras são concebidas para abraçar uma pluralidade de públicos, expandindo o campo da arte para uma experiência mais ampla, inclusiva e sensorial, onde a percepção se manifesta em múltiplas dimensões.
Suas criações se integram a espaços arquitetônicos com uma organicidade e sofisticação admiráveis – sejam eles ambientes contemporâneos, minimalistas ou clássicos. Elas se tornam elementos vivos que não apenas decoram, mas ativam memórias e provocam novas percepções, transformando o ambiente em uma extensão da própria obra.
Mais do que um convite à contemplação, a arte de Eduardo Vale é uma convocação: a percorrer, com os olhos e as mãos, a riqueza e a profundidade que o tempo deixou inscritas nas superfícies do mundo, revelando a beleza oculta em cada vestígio.
Sentir com os olhos fechados
As obras de Eduardo Vale vão além da contemplação visual — são portais táteis que convidam à experiência sensorial plena. Em algumas de suas criações, o artista insere frases ou palavras em Braille diretamente sobre a superfície, permitindo que pessoas com deficiência visual possam não apenas tocar, mas ler a arte com as pontas dos dedos.
Essas obras combinam texturas cuidadosamente elaboradas com fragmentos poéticos ou palavras sugestivas gravadas em relevo. Cada elemento é pensado para evocar memórias, emoções e narrativas silenciosas, acessíveis tanto ao olhar quanto ao tato.
Eduardo transforma o espaço da tela em um território inclusivo, onde o gesto artístico se torna linguagem universal — um convite ao toque, à escuta interior e à conexão com aquilo que não se vê, mas se sente.